Mais um retorno cineclubista

Texto recebido como retorno da leitura por uma jovem do Colégio Estadual Almirante Barão de Teffé, em Santo Antônio de Pádua. Ela participou da Oficina de Prática Cinecubista que o Mate Com Angu dinamizou lá dentro do projeto Cinema Para Todos, no início de 2014.

“Talvez minha analogia seja um pouco exagerada, mas O Cerol Fininho da Baixada é para o cineclubista, o que o tubo de oxigênio é para o mergulhador. Pausa para sua reflexão sobre minha analogia. De todo modo, o que eu quero dizer é que, lendo o livro, você entende tudo direitinho. É como aquele momento que você tá aprendendo a ler uma partitura e se pergunta como é possível alguém traduzir aquilo. Depois que você aprende, parece logo a coisa mais fácil do mundo (outra analogia involuntária).

Então, é desse jeito. Você começa a ler o livro se perguntando como aquilo vai te ajudar a entender melhor o funcionamento de um cineclube porque, vamos admitir, o negócio é difícil. Mas no decorrer da leitura, percebe-se que com muita vontade e um pouco de gente maluca, dá pra conseguir um negócio bem legal. A parada é incentivar, fazer propaganda e mostrar a que veio. No fim do livro você já vai querer pegar um empréstimo milionário num banco, sair por aí filmando o que der na telha e, digo por mim, tentar obrigar a população do mundo a ler O Cerol Fininho da Baixada, só para eles sentirem um por cento do que um cineclubista sente quando tá cineclubando.”

[Marina Cretton, Santo Antônio de Pádua]


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