Mate Com Angu apresenta Sessão Batalha – Utopias Cotidianas

Nesse momento histórico cidadãos de vários países do Médio Oriente e do Norte da África vão às ruas pra derrubar ditadores sanguinários e corruptos, buscando liberdade fora das amarras dos fundamentalismos islâmico e norteamericano. 

E estudantes protestam na Espanha, colocando em xeque o modelo de representação política tocado por partidos políticos arcaicos e/ou corruptos, levando sua rebeldia pra mexer com os corações e mentes do mundo todo. E por aí vai, mundo literalmente bombando…  

E no Brasil? Qual a notícia que aparece no seu jornal? O que anda rolando? 

É nesse diapasão que o  cineclube Mate Com Angu  apresenta filmes do invisível, do que não é visto, do cotidiano e suas utopias efêmeras. Ah, se não tivesse uma câmera ligada registrando o caminho, as peças de um quebra-cabeças que não imaginamos o tamanho… É no dia a dia, no casual, que testamos nossas convicções, seja no passeio com as crianças pela vizinhança, seja na decisão de enfrentar uma multinacional jagunça que cismou com seu pedaço de terra. É no exercício diário que mora a força – não temos tempo de temer a morte. 

É tempo de palavras que talvez estejam um pouco empoeiradas, dessas palavras de estômago: postura, convicção, firmeza. A cada dia que passa a chapa esquenta, o debate se polariza e a possibilidade de perdermos conquistas importantes bate à porta. Uma onda conservadora promete vir com tudo. Afinal, você acredita em quê? Acredita mermo? O mundo está pronto pra ser algo que ele nunca foi antes em nossa história ocidental. Tá preparado? A possibilidade histórica de fazer revolução taí: união homo afetiva; código florestal; direitos autorais; fome; legalização das drogas, do aborto; saneamento básico; marco civil da internet… Luta é o que não falta. “O tempo passa, o tempo voa e a poupança do bamerindos continua numa boa”… Aliás, pra banqueiro o negócio tá é bom como sempre, né?

É preciso estar atento e forte!

PROGRAMA

Videocabines São Caixas Pretas, de Sandra Kogut
10′, cor, experimental, vídeo, 1990 – RJ
uma coleção de depoimentos, mensagens ou performances de pessoas comuns, tomados de cabines fechadas, individuais, instaladas em locais públicos do Rio de Janeiro, onde as pessoas tinham liberdade de jogar com sua própria imagem.

Entrevãos, de Luisa Caetano
20′, cor, Doc, HD CAM, 2010 – DF
Localizada nas proximidades de Cavalcante (GO), Vão das Almas é uma comunidade remanescente quilombola Kalunga – palavra que, em banto, quer dizer lugar sagrado, de proteção. Guiados pela menina Lizeni, de 10 anos, tenta-se descobrir esse lugar, que lida com dificuldades materiais, ao mesmo tempo que preserva partes de um modo de vida ancestral. Olhando para uma história baseada na tradição oral, ao mesmo tempo, elaboram-se estratégias para a mudança e a realização de sonhos e projetos para o futuro.
luisarcaetano@gmail.com

Bicho Lamparão (novo corte), de Rodrigo Folhes e Rafael Mazza
15′, cor, Doc, Mini-DV, Shutter 8, 2011 – RJ
A filosofia metafísica do Bicho Lamparão e seu “belo discernimento” numa performatização transcendente em que enaltece a natureza e os limites do conhecimento.
rafaelmazza.mazza@gmail.com / rodrigofolhes@yahoo.com.br

Perto de Casa, de Sérgio Borges
10′, cor, Doc, Mini-DV, 2009 – MG
Um passeio perto de casa entre irmãos e pai é a porta para um mundo repleto de sensibilidade e significados.
sergio@teia.art.br

ACERCADACANA, de Felipe Peres Calheiros
20′, cor, Doc, 35mm, 2010 – PE
Os anos 90, com a valorização do etanol e a expansão do latifúndio canavieiro, 15 mil famílias foram expulsas dos seus sítios na zona da mata de Pernambuco. Maria Francisca decidiu resistir. perescalheiros@yahoo.com.br


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