Sempre quando fazemos uma retrospectiva de nossas vida, logo nos vem a quantidade de trabalho e esforço que foi necessário para botar o castelo em pé.
Todas as noites, todas as canções, estrelas, beijos, palavras inspiradas, abraços de rodoviária,todas as músicas na ponta da língua saindo do peito, toda jovialidade e leveza, todos os amores ficam suspensos numa nuvem confusa, lá no alto, no passado. Muitas vezes, complicadaço acessar.
O que nos joga pra frente? Abrindo o quotidiano à foice, rasgando o mar revoltoso da inércia? O que nos mantém lúcidos em meio à escuridão vazia dos discursos prontos, difusos, ralos, hegemônicos que movem os desejos dos arranha-céus, da sobrevivência?
Não queremos sobreviver, queremos é VIVER!
Só quando nos apaixonamos, em meio ao seu encantamento, é que percebemos o porquê chegamos até aqui. Que seja, no olhar de um filho, ou no desejo mortal de preencher uma folha em branco, é a batida que nos mantém vivos, é o ritmo que nos coloca em pé, é a pulsação do som imemorial do amor que dá a linha do querer. Que nos faz bravos, sem perder a ternura.
Mais um ano, mais uma sessão, mais um carnaval, mais uma noite de sonhos, para não perder o ritmo, para não desandarmos, para não escurecer. Vamos lá! A vida não espera! Seja/viva sua fantasia.
Com amor,
Cineclube Mate Com Angu
cinema sem escapatória.
sessão dedicada a Igor Cabral, que voa de volta, cheio de sonhos.
OS FILMES DA SESSÃO:
“Dias de Greve“, Ardiley Queiroz
Cor, 35mm, 24min, Ficção, 2009, Ceilândia – DF
Uma greve de metalúrgicos tem início em uma cidade nos arredores de Brasília. Muito mais do que o despertar para uma consciência de classe, os grevistas redescobrem uma cidade que já não lhes pertence.
“Homem ao Mar”, de Naruna Kaplan de Macedo
Cor, HDV, 22min, Ficção, 2011, RJ
Um dia na vida de Marcos. A guerra do Rio de Janeiro, e uma outra, a guerra permanente do quotidiano.
“Degrau”, do GIA – Grupo de Interferência Ambiental
Cor, Mini-DV, 3min, Videoclip, 2009, BA
Só mais um degrau, só mais um degrau…
“Pig Bank”, de Joel Pizzini
Cor, S-VHS, 1min, Experimental, 1994, RJ
Alegoria antropofágica sobre o poder econômico, baseado no mito de Hércules contra o Javali de Erimanto. Interpretado por um menino de rua, com música original de Itamar Assumpção.
“H.O”, de Ivan Cardoso
Cor, 16mm, 13min, Experimental, 1973, RJ
Cone Teatro Nô focalizando a obra do artísta plástico carioca Hélio Oiticica. Texto poético de Haroldo de Campos.
“Sergio Jackson – Guerreiro de Caxias“, da Turma do Colégio Estadual Miguel Couto
Cor, Cyber Shot,10min, Documentário, 2010, RJ
Oficina Cinema Paratodos – Michael Jackson mudou sua vida.
“O Assassino do Bem“, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso
Com Adail Ricardo
Cor, MiniDv, 14min, Ficção, 2010, SP
Se ele te matou é porque você é chato.
Cineclubismo na veia, desde 2002 agitando o imaginário de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, mundo. Produção Cultural autônoma, guerrilha estética urbana, TAZ.