Informamos com alegria que a segunda edição do DOBRA está chegando na área, cheia de amor pra dar, agora em setembro, no MAM.
Se ligaê no recado:
“Com alegria apresentamos a segunda edição do Festival Internacional de Cinema Experimental DOBRA. Aqui estamos novamente, às margens da Baía de Guanabara, este ano na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, para mais uma vez abrir espaço para um cinema de invenção e resistência, afirmando a potência de criação das artes fílmicas.
Conclamamos um cinema de desobediência técnica, que se apropria da multiplicidade de materiais e instrumentos que nos foram dados pelos cem anos de cinema, de todo o desmonte do arsenal videográfico e da indústria da imagem de celuloide, para quebrar os pressupostos da produção industrial e devolver ao público uma experiência cinemática que é pura criação de arte.
Dobra permanece apostando na permanência e na problematização do meio fílmico e apresenta um cinema onde os atravessamentos de meios e técnicas fazem a crítica dos imperativos industriais. Um cinema impuro, feito por artistas que perturbam as diretrizes tecnológicas de incontáveis maneiras e com toda a liberdade que pressupõe a atividade criadora. Um cinema que não se subordina aos padrões impostos pelo mainstream e a indústria do entretenimento.
O cinema das dobras que invocamos afirma as conexões entre outras artes e acolhe as diferentes linguagens, está além de categorias e atualiza práticas e plásticas, sempre com uma abordagem crítica do cliché cinematográfico. Em 2016, Dobra reúne obras fílmicas que ampliam o jogo sensorial das imagens em movimento e aprofundam a reflexão crítica a cerca do mundo contemporâneo. Num percurso de atravessamentos que supera barreiras entre o dentro e o fora, a programação dessa segunda edição perpassa Américas e Europa, descolonizando a travessia do Atlântico e reinventando a ordenação entre norte e sul.
Compreendemos o cinema experimental como um nó disciplinar, capaz de acolher todas as transplantações plásticas e poéticas, um cinema de provocação, que engaja a imagem em movimento de maneira criativa, desorganizando e reorganizando os seus componentes.
Em 2016 Dobra conta com a colaboração luminosa de alguns curadores convidados, Rita Piffer, Courtney Fellion, Lili White, Gondwana Antropoceno, Florencia Incarbone, Sebastian Wiedemann, e do grupo RISCO, que há mais de um ano vem construindo uma importante cena de exibição de cinema experimental na cidade do Rio de Janeiro. Trazemos também Luis Macías e Adriana Vila, fundadores do Crater Lab de Barcelona, para a performance de abertura e a realização de uma oficina prática de revelação experimental.
Tendo a primavera diante de nós, Dobra resiste as tempestades dos últimos tempos e se afirma como um Festival Internacional de Cinema Experimental em sintonia com a lógica do alargamento do campo da arte. Trabalhamos para ampliar os espaços de resistência e rebeldia em relação a padrões ordenadores para a expressão artística e pretendemos colocar o cinema no centro desse jogo. Arte do movimento e da montagem, o cinema experimental está sempre ativando a superfície do grande lago da arte, movendo suas águas e se dobrando em ondas, que nos brindam com surpreendentes formas de vida e afetos sensíveis.
Abraços redobrados,
Equipe organizadora
Cineclubismo na veia, desde 2002 agitando o imaginário de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, mundo. Produção Cultural autônoma, guerrilha estética urbana, TAZ.