Richard Donner morreu hoje aos 91 anos. Um dos diretores que mais amei na cultura pop. Para mim não há filme de herói melhor que Superman. Não há policial melhor que “Máquina Mortífera”. Como resistir aos Goonies? Meu Deus, não há. E se vou falar sobre desencontros, normalmente tento uma piada com “O Feitiço de Áquila”.
Li aqui que Donner se considerava apenas um “guarda de trânsito”, guardava o ego em casa. É, os grandes são assim.
O que mais me encanta no Superman de Donner é que é um herói que acredita na bondade. Coisa que nossos tempos cínicos não permitem. Um super homem que se desmontava todo diante da personalidade de uma mulher, que mudaria a história por ela. Que não via como um peso ajudar os outros. Pelo contrário, curtia a humanidade e o fato de poder ajudá-la. Sua mensagem inspirou uma bela canção de Gil, “Super-Homem – a canção”.
Uma fantasia sem medo de ser fantasia. Sem medo de levar o público para sonhar.
Muito diferente desse realismo chato que assola os filmes de herói da atualidade.
Saudades de sonhar levemente numa sala de cinema.
Valeu meu caro, obrigado por inspirar e nos fazer voar
Igor Barradas é cineasta, educador audiovisual e pesquisador. Integra o cineclube Mate Com Angu, o Gomeia Galpão Criativo e a Circular Filmes.